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Vamos pintar uma nova tela

  • Foto do escritor: Daniela Ventura
    Daniela Ventura
  • 4 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de out. de 2020

Quem somos? Em que acreditamos? Quais os nossos valores e porque são esses os valores que habitam na caverna do nosso inconsciente? Que correntes tiveram mais influência sobre nós, moldando-nos mais? Culturais, religiosas, espirituais? Até que ponto somos NÓS? Até que ponto, resistimos de sermos realmente NÓS?

É confortável viver com quem acreditamos ser – muitas vezes, na nossa confusão mental do que isto representa. Sentimos que não somos de todo assim, mas não sabemos ou conseguimos perceber como ser de outra forma. Como sair do meio do novelo de nós que está criado à nossa volta. Resistimos… temos vontade de não o fazer, mas muitas vezes, temos mais apreensão do que vontade. Receio do novo, do desconfortável. Ou então, apenas não vimos como podemos construir a nossa nova realidade fiel à nossa vontade interna. É como termos uma tela pintada e não gostarmos do desenho e não percebermos que podemos criar uma tela nova, branca. Quando a tela branca chega, uma dança de borboletas inicia-se na nossa barriga… o coração e entusiasmo querem… a mente e a mão tremem… e se esta também não ficar como sinto? Se falhar nesta também? E se for difícil demais? Há um medo em acreditar que é possível – que é permitido. Há um medo, ainda maior, da frustração e da falha.

Pergunto: valerá a pena olharmos para a nossa tela e convivermos com uma pintura que não gostamos e nos enfeita o nosso espaço, em detrimento de tentarmos e tentarmos e tentarmos criar uma tela nova, bem à nossa medida, que cada vez que é observada nos preencha o SER de cima abaixo? Qual será a maior das prisões: uma conformidade e tristeza continua ou um cair e levantar constante, em busca do que ambicionamos?

Muitas vezes, quando não conseguimos ter coragem de acreditar que nos cabe a nós deitar a nossa antiga tela fora e adquirir uma nova, a Vida (ou o Universo, ou Deus, ou a Divindade, ou a Energia,…) dá uma ajuda – como ela tão bem o sabe fazer. Quando tem de ser, podem acontecer experiências fortíssimas que nos obrigam literalmente a largar situações e crenças enraizadas e mudar o nosso “chip”. E aí percebemos que não temos de viver em esforço, dificuldade, tensão, numa redoma fechada de luta desgastante. Que podemos superar-nos nesse sentido, reescrever-nos – interna e externamente. Que podemos seguir, deixando o medo, a ansiedade, a sabotagem, o controlo, a frustração e a dúvida pelo caminho. Que somos donos da nossa Essência e que escrevemos a nossa história, as nossas células, cada traço e movimento que emitimos.

Não precisamos ser Seres resignados cuja nossa identidade anulamos em detrimento disso. Podemos identificar padrões… reflectir sobre eles… deixá-los ir com segurança e Amor: libertarmo-nos. Por esta ordem.

Vamos aceitar a nossa limitação, entregar, reflectir e, passo a passo, mudar estruturas com muita calma, paz e amor-próprio. Com muito respeito por nós. E, com alegria no nosso coração. É como mergulhar – sem hesitações – num mar negro que, conforme vai sendo explorado em profundidade, fica mais claro, aconchegante e colorido.

Por isso, sempre que sentir desafios e resistência, aproveite! Sorria e pegue nisso, identifique, leve do inconsciente para o consciente e crie condições para se expandir e libertar. Não viva mais à deriva… avance. Porque a vida dá-nos apenas estas 2 opções.

A época da ilusão, do medo, das crenças de controle para se chegar à perfeição, estão a ser derrubados por um novo paradigma de entrega total. Estamos a ser convidados para um despertar incrível que nos convida para uma vida de Acreditar.

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